César Karam, investidor e empresário, explica como investir no exterior da maneira correta
Atualmente, existem duas formas mais conhecidas de investir dinheiro fora do país. A primeira são os BDR’S, papéis emitidos no Brasil que são lastreados e se referem a companhias com sede no exterior e a segunda, que é entrar em uma corretora de fora e comprar ações diretamente no país estrangeiro.
De acordo com o investidor e empresário César Karam, existem diversas vantagens em optar pelos BDR’S ao invés de abrir uma conta em uma corretora estrangeira. “Há uma facilidade em questões tributárias, porque ele é tratado como se fosse uma ação. Então, se você já está acostumado a investir, fica tudo um pouco mais fácil”, explica. De acordo com ele, o controle das suas ações é simplificado, já que só existiria uma conta com os investimentos. Um outro ponto é que com os BDR’s, não há custos de remessa, que seria o valor pago pela variação de preço das moedas.
Porém, abrir uma conta em corretoras estrangeiras é uma forma de diversificar seus investimentos e isso dá uma segurança maior ao investidor. Nos Estados Unidos, por exemplo, a bolsa de valores é maior do que a do Brasil e isso gera uma liquidez maior. “Praticamente você compra e vende nos preços que você quer”, relata o investidor. Karam conta ainda, que nos EUA existem mais possibilidades de investimentos do que comprando BDR’s no Brasil.
Para quem tem dificuldades com o idioma estrangeiro, César Karam explica que existem corretoras nos Estados Unidos que foram fundadas por brasileiros, desse modo, o atendimento ocorre em português. “Algumas corretoras americanas não têm o serviço de câmbio integrado, mas na minha isso acontece automaticamente”, exemplifica.
O investidor alerta para a necessidade de conferir se a corretora estrangeira está cadastrada na SEC, o órgão regulador semelhante a CVM no Brasil. “Assim como no Brasil precisa-se conferir se a corretora está na CVM, nos Estados Unidos ela deve estar cadastrada na SEC, se não, não é algo seguro a se fazer”, aconselha César Karam.