Proposta foi apresentada em 2013, rejeitada por Dilma, e agora depende de decisão do presidente até o dia 18. Administração federal mantém críticas à condução israelense no conflito em Gaza.
Adotando posicionamento contrário ao comando de Israel por conta da ofensiva militar na região da Faixa de Gaza, o chefe do Executivo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisa decidir até quarta-feira (18) se valida ou rejeita um projeto legislativo que estabelece 12 de abril como data oficial de “Comemoração da Amizade Brasil-Israel”.
Desde o início de sua terceira gestão, em janeiro de 2023, Lula mantém uma relação marcada por atritos com a administração do premiê Benjamin Netanyahu, especialmente após o início dos confrontos armados entre Israel e o grupo Hamas, em outubro daquele ano.
O presidente brasileiro tem feito críticas contundentes às operações de Israel no território palestino, apontando-as como desproporcionais. Em declarações públicas, tem classificado a intervenção militar como “ato genocida”.
Segundo o próprio Lula, o que acontece em Gaza não se trata de um confronto típico, mas de “uma força armada eliminando civis indefesos”. Ele também acusou o governo israelense de assumir uma postura de “auto-vitimização” diante das censuras vindas da comunidade internacional.
Questionado pelo g1 sobre a posição final de Lula quanto à proposta legislativa, o Palácio do Planalto afirmou que a decisão será tornada pública apenas ao término do período legal para manifestação, em 18 de junho.
“O posicionamento da administração federal será divulgado dentro do prazo previsto para sanção ou veto (integral ou parcial)”, declarou a Secretaria de Comunicação da Presidência.