Uma terceira dose da vacina contra covid-19, produzida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford, produz forte resposta imune, disseram pesquisadores britânicos nessa segunda-feira , acrescentando que ainda não há evidências de que essa dose de reforço é necessária, levando em conta que em alguns países há registros de falta de vacinas.
Segundo o estudo, uma terceira dose da vacina aumenta as respostas imunes de anticorpos e de células T. Além disso, a aplicação da segunda dose pode ser adiada para até 45 semanas após a aplicação da primeira e, ainda assim, levar a um aprimoramento da resposta imune.
O governo do Reino Unido diz que avalia planos para uma campanha de aplicação de doses de reforço no outono do Hemisfério Norte, com três quintos dos adultos já com as duas doses de vacinas contra covid-19 aplicadas.
Pesquisas anteriores revelaram que a vacina tem eficácia maior quando o intervalo de aplicação entre as doses é ampliado para 12 semanas, em vez de quatro. Essa mais recente não passou pela revisão de outros cientistas e analisou 30 participantes que receberam uma segunda dose tardia e 90 que receberam uma terceira dose. No entanto, todos os participantes tinham menos de 55 anos.
Além disso, esse estudo ajuda a amenizar preocupações de que vacinas contra covid-19 baseadas em vetores virais, como as da AstraZeneca e da Johnson & Johnson, possam perder sua potência se aplicações anuais forem necessárias, dado o risco de que o corpo produza resposta imune contra os vetores que carregam as informações genéticas da vacina.