Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, realizada pela Federação Brasileira de Bancos, o Pix já corresponde a 30% das operações de pagamentos feitas no Brasil. Em novembro, quando surgiu, a porcentagem era de 7%.
No que diz respeito aos pagamentos feitos através de maquininhas de cartão, o percentual do total de transações bancárias caiu de 68% em novembro do ano passado para 51% em março deste ano. E a quantidade de transações realizadas via transferências (DOC/TED) caiu de 25% para 19%.
“A cada ano que passa a digitalização se torna mais presente no cotidiano da população. Se formos avaliar a quantidade de transações bancárias realizadas via celular nos últimos anos, os números vêm crescendo incessantemente. Em 2016, apenas 28% das operações eram feitas digitalmente. Este ano a porcentagem já é de 51%”, diz João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade.
Com a Pesquisa Febraban, é possível conferir que 90% das contratações de crédito são feitas por canais digitais. Atualmente, as transações feitas em agências físicas representam apenas 3% do total, mesmo que as negociações de dívidas ainda aconteçam por meio desse canal, mostrando sua relevância.
Outro meio afetado por conta das transferências via celular foram as transações realizadas em caixas eletrônicos (ATMs), que caíram de 10,2 bilhões de transações anuais em 2016 para 8,3 bilhões em 2020. O autoatendimento segue o mesmo caminho participando de apenas 8% das operações.
“Uma das principais consequências dessa evolução digital foi a diminuição no número de agências bancárias. Nos últimos cinco anos, a quantidade de agências existentes caiu 17,1% no Brasil. É importante ressaltar que as agências funcionam como lojas para os bancos, elas não podem acabar, só precisam ser remodeladas”, explica o CEO.
Em 2020, os bancos brasileiros investiram cerca de R$ 25,7 bilhões em tecnologia. Para os executivos no mercado financeiro, com essa nova era digital, o investimento em inteligência artificial é uma prioridade, seguido da automação de processos.
Como efetuar uma transação via Pix de maneira segura?
Como todos os processamentos são realizados pelo Banco Central, nós sabemos que esse meio é tão seguro quanto os já conhecidos DOC e TED. No entanto, ao utilizar o Pix, são importantes alguns cuidados para evitar possíveis fraudes.
De acordo com o economista, “o cadastramento das chaves do Pix está sendo alvo de mensagens falsas, com objetivo de coletar senhas de banco e informações pessoais”. Ainda, completa “Na hora de realizar sua transação, é necessário prestar atenção no endereço do site em que você está inserindo suas informações. Sempre desconfie de links enviados por e-mails, postagens em mídias sociais ou SMS/WhatsApp provenientes de desconhecidos”.