A primeira fase para implementação do open banking começou na última segunda-feira (01/02), conforme decisão do Banco Central. Chamada de Open Data, esta fase consiste na abertura dos dados das instituições que desejam trabalhar com a nova tecnologia. Já no dia 15 de julho será iniciada a segunda fase, em que as instituições passam a trocar informações e tecnologias para a integração de seus sistemas bancários.
“O processo de regularização do open banking vem sendo completamente estruturado visando a segurança no compartilhamento de dados. Com o open banking, o mercado terá um ambiente de negócios mais inclusivo, com mais competição entre as instituições participantes e mais oferta de serviços aos consumidores”, destaca José Luiz Rodrigues, especialista em regulação e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados, consultoria especializada em regulação, organização, supervisão e acesso ao Sistema Financeiro e ao Mercado de Capitais.
Na prática, o open banking é uma solução que busca padronizar a tecnologia do sistema bancário: o mercado financeiro passará a utilizar um mesmo universo tecnológico, o que facilitará o acesso e a portabilidade dos dados. “Um dos princípios básicos do open banking é de que o cliente é o dono dos seus dados. Sendo assim, tudo o que for realizado com os dados de cada pessoa, será feito somente com sua autorização. Então, ela sabe quais informações a instituição bancária possui, quem acessa essas informações, o que acessam, entre outros”.
Como explica José Luiz, por ser um sistema unificado entre todos bancos, a transferência do cliente de um banco para outro é facilitada. “Isso dá mais poder ao consumidor, que conseguirá optar por melhores serviços, melhores taxas e melhor atendimento. Com isso, a tendência é que haja mais concorrência e, como acontece em casos de concorrência acirrada, as instituições terão que melhorar seus serviços e reduzir taxas para atrair mais clientes”.