Após o ministro Fernando Haddad desistir de elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aportes no exterior.
Na sessão anterior, a divisa norte-americana subiu 0,32%, sendo cotada a R$ 5,6614, enquanto o principal indicador da bolsa brasileira (B3) fechou em baixa de 0,44%, aos 132.273 pontos.
Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram na quinta-feira (22) um bloqueio de R$ 31,3 bilhões nas contas públicas. Também haviam divulgado o acréscimo no IOF, com expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.
O Executivo federal enfrenta o desafio de equilibrar crescimento econômico e controle da inflação, mantendo níveis de emprego. O contingenciamento foi visto de forma positiva pelos agentes financeiros, mas o aumento de despesas e a tentativa de elevação do IOF foram entendidos como ações provisórias.
A taxação sobre aportes de fundos nacionais no exterior foi interpretada como mecanismo indireto de controle da saída de moeda estrangeira e, consequentemente, do câmbio.
Horas depois, o governo voltou atrás na medida, preservando a isenção do imposto para essas operações.
Na manhã desta sexta-feira, Fernando Haddad explicou que o recuo ocorreu após sinalizações de profissionais do mercado, que alertaram sobre a mensagem negativa que a proposta transmitiria.
Apesar da correção, investidores enxergaram o episódio como reflexo de falta de planejamento e instabilidade política, ampliando a insegurança sobre a direção da economia.