O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, fez uma fala pública nesta semana em que agradeceu à “imprensa parceira” por seu apoio na tentativa de combater as supostas fake news relacionadas à regulamentação do Pix. Barreirinhas iniciou sua declaração dizendo: “Apesar de todo o nosso trabalho, com o apoio da imprensa, precisamos agradecer muito a imprensa que foi parceira da gente na tentativa de afastar essas mentiras.”
O agradecimento se refere à repercussão negativa gerada por rumores envolvendo o tema, especialmente após um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais. O secretário afirmou que, apesar das críticas e da desinformação, a mídia teve um papel importante em esclarecer os fatos, ajudando a desmistificar as alegações infundadas.
Além de agradecer aos veículos de comunicação, Barreirinhas sugeriu que o tema poderia ser retomado no futuro. Ele mencionou que espera contar com o apoio da imprensa nos “próximos rounds dessa luta que virá”, dando a entender que o governo pode voltar a discutir a regulamentação do Pix em algum momento.
O vídeo que gerou a polêmica foi publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e rapidamente se tornou viral, ultrapassando 240 milhões de visualizações. No conteúdo, Ferreira sugeriu que o governo estava planejando taxar as transações via Pix, o que gerou pânico na população. Contudo, o próprio parlamentar fez uma ressalva esclarecendo que, na realidade, não havia promessa de taxação, mas que poderia haver uma fiscalização mais rigorosa por parte da Receita.
Esse episódio também evidenciou a influência das redes sociais na disseminação de informações, com especialistas como o advogado André Marsiglia, especializado em liberdade de expressão, destacando o impacto das plataformas digitais. Marsiglia escreveu em sua conta no Twitter/X que, “quem ignorar esse fato e continuar achando que regulação de redes sociais tem a ver com serem tóxicas e discurso de ódio é muito alienado.”
Durante a discussão pública sobre o tema, muitos veículos de imprensa classificaram os argumentos que sugeriam a taxação do Pix como fake news, inclusive corrigindo interpretações equivocadas de reportagens, como a de O Globo, que havia sugerido que Ferreira afirmava que o Pix seria taxado. Na realidade, a crítica do deputado estava direcionada a outras promessas não cumpridas pelo governo.