César Karam, educador financeiro, aplaude a iniciativa, mas afirma que os pais também tem papel importante em criar uma cultura financeira sustentável dentro de casa
O educador financeiro César Karam aplaude o programa Aprender Valor, do Banco Central, que será expandido para as escolas públicas do país. A partir de agora qualquer instituição da rede pública de ensino fundamental poderá aderir ao projeto de educação financeira. A iniciativa já vinha sendo desenvolvida, de maneira experimental, no Ceará, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Pará.
De acordo com César Karam ensinar educação financeira nas escolas é muito importante para o desenvolvimento do país como um todo. “Inclusive é um elemento para reduzir a desigualdade social a médio e longo prazo e um facilitador na prevenção e solução de problemas”.
‘Cada vez mais é preciso instituição de programas que incentivem a educação financeira e facilitem o acesso ao conhecimento. “Acredito que os conceitos de educação financeira devem ser inseridos nas disciplinas tradicionais”. Segundo César karam, orientação e formação financeira ajudam a evitar o consumo excessivo, por exemplo, e planejar de forma consciente e responsável os gastos.
Em crianças, essas noções podem ser apresentadas de forma mais lúdica por meio de brincadeiras, jogos etc., afirma César Karam. “A criança que aprende a lidar com dinheiro se torna um adulto melhor preparado financeiramente”, sublinha.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) define o conceito de educação financeira como um processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, se tornando capaz de fazer escolhas de forma bem informada. “E os pais são agentes multiplicadores desses conceitos, a medida que, em casa, passem a ensinar os filhos como administrar a mesada, por exemplo, ou a pesquisar preços e economizar”, frisa o educador financeiro.
Pais e professores devem, cada um com suas habilidades, incentivar o desenvolvimento de competências financeiras nos filhos e alunos. “Com isso, eles terão condições de criar uma relação consciente, responsável e autônoma dos recursos financeiros desde a infância”, opina.