Chefe do governo dos EUA comunicou uma “interrupção” na iniciativa, fixando alíquotas gerais de 10% para os que não responderam com medidas similares às cobranças comerciais impostas recentemente. Encargos aplicados ao país asiático foram elevados para 125%.
O dirigente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na tarde desta quarta-feira (9) que suspenderá por três meses a política de taxas equivalentes e diminuirá para 10% os encargos sobre mercadorias provenientes de territórios estrangeiros, excetuando a República Popular da China.
De acordo com Trump, as tributações sobre os bens chineses subirão para 125%, como reação às medidas de retaliação anunciadas por autoridades de Pequim nos últimos dias. A resolução representa mais um capítulo da atual rivalidade econômica entre os EUA e o gigante asiático, iniciada com o pacote tarifário introduzido por Trump.
No último dia 2 de abril, o líder americano instituiu novas cobranças alfandegárias sobre produtos de 180 nações. Desde então, medidas de resposta foram adotadas por diversos governos, intensificando o conflito no comércio internacional.
Inicialmente, os Estados Unidos haviam determinado uma tarifa de 104% sobre itens oriundos da China, com implementação prevista para esta quarta-feira. Em contrapartida, o Ministério da Fazenda chinês anunciou que elevaria suas cobranças para 84% sobre os bens exportados pelos americanos. (saiba mais abaixo)
“Em breve, a China compreenderá que os tempos de aproveitamento sobre os EUA e demais parceiros comerciais chegaram ao fim e não serão mais tolerados”, declarou Trump.
Ainda na mesma manifestação pública, o mandatário norte-americano informou que reduzirá para 10% as cobranças recíprocas aplicadas a outros países, com validade de 90 dias. Ele classificou a atitude como uma “pausa” na escalada tarifária que, na última semana, contribuiu para o agravamento das tensões no comércio mundial.