Aprender um novo idioma é o sonho de muitas pessoas, mas os desafios de se desenvolver em uma nova língua acabam fazendo muitos desistirem, já para o Benjamin Marques, de apenas 5 anos, a tarefa foi fácil, ele aprendeu inglês sozinho assistindo vídeos no Youtube.
Como a facilidade de Benjamin com o inglês se desenvolveu?
Benjamin pertence a uma parcela pequena da população que possui AHSD – Altas Habilidades e Superdotação – condição que confere alta capacidade de aprendizado, memória e criatividade, capacidades essas que o fizeram integrar uma das mais restritas sociedades de alto QI, a Mensa Brasil.
Com um QI de 133, maior do que 99% das crianças da sua idade, Benjamin se tornou o mais jovem membro da sociedade Mensa no Brasil e continua surpreendendo seus pais com suas habilidades. O garoto se interessou desde cedo pelo inglês e se tornou fluente aos 3 anos estudando sozinho o idioma, como conta Fagner Marques, pai de Benjamin.
“Ele se interessou desde cedo pelo inglês, assistia vídeos no Youtube e aprendia novas palavras muito rápido e em pouco tempo já falava todo o tempo em inglês, até o português dele é meio de gringo” Brinca Fagner.
“Eu tento estimular o desenvolvimento dele conversando em inglês também, mas como o inglês dele está bem mais avançado, é ele quem acaba me ensinando às vezes” explica.
Como lidar com uma criança com AHSD?
Apesar das habilidades naturais de Benjamin, o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, ressalta a importância de estimular o seu desenvolvimento conforme suas necessidades e afirma que a sua habilidade com idiomas diferencia suas habilidades de outras crianças superdotadas.
“Benjamin tem muita facilidade com idiomas, muita gente acha que toda criança com altas habilidades é boa em línguas, mas isso não é verdade. Há fatores que influenciam e nem todas as crianças de alto QI falam muito cedo e/ou já iniciam com o inglês. É interessante fazer um trabalho aproveitando este domínio do Benjamin, assim como as vertentes de habilidades do menino para que possa se desenvolver e aproveitar. Mas sem forçar e do jeitinho que ele se sinta confortável e feliz“.
Fagner, o pai de Benjamin, afirma que têm dificuldades em encontrar apoio para a educação do filho, tendo buscado oportunidades de bolsas em escolas bilíngues, mas sem sucesso.
“Nós temos visitado algumas escolas internacionais e bilíngues para tentar oportunidades de bolsa para o Benjamin pois uma escola assim é muito cara aqui em São Paulo, em torno de 7 a 10 mil reais por mês, o que está fora das nossas possibilidades, mas enquanto isso vamos colocá-lo para fazer atividades extracurriculares como aulas de músicas, esportes, acompanhamento terapêutico, etc., para estimular o seu desenvolvimento”.