Somos seres constituídos por elementos culturais desde nossa ancestralidade mais remota.
Alguns se parecem ou se repetem em diferentes culturas, mas também temos casos de elementos totalmente diferentes, mas que quando unidos nos completam como sociedade.
Na escola, aprendemos a investigar os eventos culturais para entender suas manifestações simbólicas e sociais na construção dos saberes.
Não será a escola, como um local de desenvolvimento do ser humano, um bom lugar para abrangermos o nosso repertório cultural?
Tudo indica que sim, e não sou somente eu que estou dizendo, o desenvolvimento do repertório cultural foi normatizado pelo MEC e deve ser seguido por todas as escolas do Brasil.
Na Base Nacional Comum Curricular, a Competência Geral 3. Repertório Cultural é descrita assim:
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. (BNCC, p. 9)
Vimos que na escola aprendemos a desenvolver nosso olhar crítico e científico na competência Repertório Cultural, mas aprendemos a criar repertórios artísticos e culturais?
Devemos acreditar que a valorização e a experimentação de diferentes manifestações artístico-culturais contribuem com o desenvolvimento de nossa consciência multicultural, abrindo nossa possibilidade de respeitar a variedade humana.
Desse modo, a Competência Repertório Cultural inter-relaciona nossas capacidades expressivas e de fruição artística, cultural e de consciência das identidades compositoras do mundo.
Além disso, com essa competência aprendemos a respeitar e a mediar nossas relações com as manifestações e visões culturais.
Quando ouvimos uma canção, aprendemos a dançar, apreciamos obras artísticas, lemos textos literários, assistimos a produções cinematográficas ou entendemos as representações de pensamentos religiosos ou filosóficos, estamos estimulando o nosso repertório cultural.
Muita gente diz que viajar expande os horizontes, podemos dizer até mesmo que conhecer diferentes culturas nos torna mais inteligêntes, pois nos possibilita novas conexões mentais, ampliando a nossa capacidade de percebermos o mundo ao nosso redor.
Vale lembrar que podemos conhecer muitas coisas, no entanto, não precisamos gostar de tudo, por isso também a importância de fortalecermos o nosso senso crítico.
Também ressalto a importância de desenvolvermos nosso autoconhecimento para conseguirmos analisar e prever se aquela experiência que pretendemos vivenciar é condizente com os nossos desejos e com os nossos valores e se de fato acrescentará um bom conteúdo ao nosso repertório cultural.