Com altas taxas de desemprego no Brasil (em torno de 13,5% em 2020, segundo o IBGE), muitos profissionais buscam recolocação profissional e encontram novas alternativas de trabalho que são tendência no mercado. Uma delas é o aprendizado da técnica conhecida como Martelinho de Ouro, que permite desamassar a lataria de veículos de forma prática e sem prejudicar a pintura do carro. Trata-se de uma prática artesanal, conhecida nos Estados Unidos como PDR (Paintless Dent Repair/Removal) e que no Brasil vem ganhando cada vez mais adeptos.
O curitibano Herivelto Malosti é um deles. Ele trabalhava em um bingo no Paraná como auxiliar de salão e depois de um momento de instabilidade financeira e profissional, com riscos de ser demitido, conheceu a técnica PDR a partir do convite de um amigo e encantou-se pela arte de reparar automóveis. Herivelto procurou então formação na área e depois cresceu rapidamente como profissional martelinho.
“Em apenas dois dias de trabalho, eu havia faturado mais do que o melhor salário de um mês inteiro que já ganhei em minha vida. A forma como desenvolvi o meu próprio método me permitiu até ser premiado e ajudar muitas outras pessoas ao redor do mundo a também alavancarem a carreira”, afirma Herivelto.
Atualmente, Herivelto é um dos principais especialistas na técnica martelinho no mundo e é idealizador do curso “Profissão Martelinho”, que já formou mais de 150 alunos em 14 países, incluindo o Brasil, transformando carreiras internacionalmente com o ensino da técnica prática e lucrativa.
Santiago Cruz é um dos alunos formados pelo curso. Há cerca de dois anos (quando formou-se na profissão), ele se dedica à arte de reparar latarias onde quer que o cliente esteja. “Foi a melhor escolha profissional que fiz na minha vida. Desfrutar daquilo que amo, ainda mais ganhando dinheiro, é fantástico. Hoje, tenho minha oficina móvel que vai até o cliente, algo que a profissão Martelinho me proporcionou montar”, relata Santiago.
Segundo Herivelto Malosti, a profissão Martelinho traz algumas vantagens como maior autonomia e lucratividade se comparada a outras técnicas do mercado automotivo. “Do ponto de vista financeiro, é mais atrativo que a funilaria, e de execução mais rápida (dependendo da habilidade do técnico). Do ponto de vista profissional, como carreira, existem inúmeras formas de usar a técnica e obter retorno financeiro mesmo que não tenha uma oficina para trabalhar”, afirma o especialista.
Um dos principais clientes da técnica PDR está na chamada rota do granizo. Os grandes técnicos do mercado viajam pelo mundo seguindo a rota das chuvas de granizo que atingem grandes pátios de concessionárias e montadoras, com um retorno financeiro que pode vir a ser além das expectativas.
“A técnica e o seu aprendizado pode ser voltada para diversos tipos de públicos, como empresários do setor automotivo, amantes de carros, pessoas que tenham interesse em mudar de carreira e se tornar empreendedores no setor automotivo por meio da arte Martelinho, técnicos martelinhos que buscam especialização com foco em granizo”, explica Herivelto.