População não precisará usar balsas e trajeto poderá ser feito em menos de cinco minutos
O percurso para ir de Rondônia ao Acre que antes era feito em parte por balsa pelo rio Madeira agora ocorre em menos de cinco minutos, por uma ponte. A ponte na BR-364 sobre o rio Madeira, no distrito de Vila Alegre do Abunã (RO), foi inaugurada nesta sexta-feira (7), pelo Governo Federal, com a presença de ministros e do Presidente Jair Bolsonaro.
A Ponte do Abunã conecta o Acre ao sistema rodoviário brasileiro e permite o escoamento de produção das regiões Norte e Centro-Oeste, principalmente de soja. A estrutura de concreto e aço tem 1.517 metros de extensão e recebeu investimentos de mais de R$ 160 milhões. A previsão é que mais de 2 mil veículos cruzem a ponte todos os dias.
“A gente vem esperando há mais de 20 anos. Na verdade, é a interligação do Acre com o Brasil essa obra. É muito importante”, comemorou o produtor rural Elan Careli, que usava a balsa.
O vigilante Francisco Gomes da Costa contou um pouco das dificuldades enfrentadas pelos moradores dos dois estados antes da ponte. “A travessia é sempre só na balsa, tem que aguardar uma hora quando o tempo tá ruim, é uma dificuldade. A ponte vai melhorar muito a vida do povo.”
Ponte
“O Governo não esqueceu Rondônia e Acre. O que vai ser esquecido, a partir de agora, são as balsas, os R$ 200, R$ 290, às vezes, para fazer uma travessia. Isso vai ficar no passado. O Governo Bolsonaro está interiorizando a logística. E essa ponte é um sonho, um sonho de muita gente, um sonho sonhado, realizado”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
No último dia de funcionamento das balsas ainda havia carros de passeio pagando R$ 20 e caminhões valores como R$ 100 por um trecho da travessia. “Antes, era ainda pior, tinha apenas uma balsa que passava carro de passeio e caminhões. Agora tem três balsas. Foi muito sacrifício, sofremos demais aqui. Com essa ponte, vai desenvolver muito a nossa região”, ressaltou o aposentado Paulo Leandro Barbosa.
O ministro Tarcísio Gomes comentou sobre quando a obra ainda estava no papel. “Me lembro de ter visto essa ponte na prancheta. Quando teve a cheia de 2014, veio um sinal, poxa, precisamos elevar o tamanho da ponte, precisamos elevar os encontros. Não podemos mais deixar o Acre ficar isolado.”
Além da redução do tempo na travessia, que podia chegar a até duas horas, considerando a espera, o fim do pagamento da taxa da balsa pelos caminhões de carga contribui para aumentar a competitividade dos produtos, de acordo com o Ministério da Infraestrutura.