Sobretaxa foi divulgada na semana passada e pode afetar vendas externas dessas nações. Enquanto o gigante sul-americano estuda ação na OMC, a nação platina afirma que ajustará trocas comerciais às exigências norte-americanas.
Após a revelação de encargos adicionais de 10% pelo Executivo estadunidense, como parte do pacote protecionista do mandatário Donald Trump, os membros do bloco econômico apresentaram posturas divergentes frente à decisão da administração de Washington.
O comunicado ocorreu na última quarta-feira (2), na capital norte-americana. Na oportunidade, o republicano especificou os tributos a serem cobrados sobre mercadorias importadas, argumentando que diversas nações “exploram” economicamente os EUA.
Apesar da divulgação individual por nação, os sócios do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) receberam a mesma cobrança: 10%. O país tropical e sua vizinha oriental defenderam a manutenção do diálogo; já a terra dos pampas e a nação guarani celebraram o índice aplicado. O valor ficou inferior às taxas destinadas à UE (20%) e ao gigante asiático (34%), equiparando-se a aliados como o reino britânico (também 10%).
Em nota oficial um dia após o anúncio das medidas restritivas, a representação diplomática norte-americana incluiu brasileiros e argentinos entre os povos que “asfixiam” setores da economia americana, declarando que o líder republicano não tolerará “abusos” contra seu território.
Maiores compradores regionais, Brasil e Argentina mantêm relações governamentais frias entre seus mandatários, ainda que preservem vínculos diplomáticos formais.
Reação iminente, afirma Lula
O chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou que a nação verde-amarela não renunciará à autodeterminação e adotará “providências necessárias”. Enquanto isso, o governo portenho de Javier Milei declarou que se adaptará às demandas comerciais do Tio Sam.