A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) a mudança para a bandeira amarela nas tarifas de energia elétrica em maio, após cinco meses consecutivos sob bandeira verde (sem custo adicional). A medida reflete o início do período de estiagem e acarretará um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
Por que a mudança?
- Fim do período chuvoso: A redução das chuvas diminui a capacidade das hidrelétricas, exigindo o acionamento de termelétricas (mais caras).
- Previsões preocupantes: As projeções indicam chuvas e vazões abaixo da média nos próximos meses.
- Sistema de bandeiras:
- Verde (sem custo extra): Quando há abundância de água nos reservatórios.
- Amarela (R$ 1,88/100 kWh): Sinaliza custos moderados com termelétricas.
- Vermelha (R4,16aR4,16aR 9,49/100 kWh): Indica cenário crítico e custos elevados.
Impacto no bolso do consumidor
✔ Exemplo prático:
- Uma residência que consuma 200 kWh/mês pagará R$ 3,76 a mais.
- Para 500 kWh, o adicional será de R$ 9,40.
✔ Comparativo com 2024-2025:
Período | Bandeira | Custo extra |
---|---|---|
Dez/2024 a Abr/2025 | Verde | R$ 0,00 |
Maio/2025 | Amarela | R$ 1,88/100 kWh |
O que esperar para os próximos meses?
- A tendência é que as bandeiras fiquem amarelas ou vermelhas até setembro/outubro, quando retorna o período chuvoso.
- O governo monitora os reservatórios para evitar surpresas, mas a estiagem pode pressionar ainda mais os custos.
Dica: Consumidores podem reduzir o impacto economizando energia, especialmente em horários de pico (entre 18h e 21h). Aneel mantém o alerta para uso consciente.
Contexto: O Brasil depende fortemente de hidrelétricas (cerca de 60% da matriz), tornando o sistema vulnerável a secas. Termelétricas são acionadas como “backup”, mas elevam o preço da energia.