A proposta de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 continua gerando debates e enfrenta obstáculos significativos antes de eventualmente ser aprovada.
O projeto, que já obteve mais de 257 assinaturas de deputados – número necessário para solicitar tramitação em regime de urgência – depende agora da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre colocar ou não a matéria em votação direta, sem passar pelas comissões temáticas.
A iniciativa é defendida principalmente por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente se tornou réu no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.
No entanto, mesmo que a proposta seja aprovada na Câmara, ainda precisará passar pelo crivo do Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre já manifestou ceticismo quanto à relevância do tema para a população.
Além disso, a eventual aprovação final dependeria da sanção do presidente Lula, podendo ainda ser questionada no Supremo Tribunal Federal, que já demonstrou posição firme contra os atos golpistas. Enquanto isso, deputados governistas afirmam contar com apoio suficiente para barrar o projeto na Câmara, configurando um cenário de intensa disputa política em torno do tema, que mistura questões jurídicas, políticas e de defesa da democracia.