Agora ameaça proposta sobre tributo financeiroParlamento inicia novo confronto com o Executivo devido ao repasse de verbas individuais. O recado ao Planalto é que parlamentares podem alterar profundamente medidas sugeridas pelo governo para substituir o aumento do tributo sobre transações financeiras.
O desagrado do Legislativo com o Palácio do Planalto por conta da lentidão no envio dos recursos destinados às indicações parlamentares — situação que se prolonga desde o início da atual gestão do presidente Lula — ganhou novo capítulo nesta semana. O impasse coloca em risco um conjunto de iniciativas encaminhadas pelo Executivo para equilibrar as finanças públicas e substituir o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Integrantes do Congresso têm demonstrado frustração com o ritmo da liberação dessas verbas e isso tem gerado preocupação entre auxiliares de Lula, especialmente no momento em que o governo busca apoio para aprovar um plano que evite a elevação do imposto sobre movimentações bancárias, anunciada no início do mês.
Na quinta-feira (12), o presidente Lula tentou amenizar a tensão ao defender, em discurso, o repasse das indicações orçamentárias feitas por deputados e senadores — em sinal de boa vontade com o Parlamento.
No mesmo dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que colocará em análise de urgência uma proposta que revoga os efeitos de um novo decreto assinado por Lula e que também trata do aumento do IOF.