Em audiência na Comissão de Previdência da Câmara nesta terça (29), o ministro Carlos Lupi (PDT) pediu rigor no combate ao esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários, que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A fraude envolve associações que debitavam mensalidades não autorizadas de aposentados e pensionistas.
Como funcionava o golpe:
- Associações cadastravam beneficiários do INSS sem consentimento
- Utilizavam assinaturas falsificadas para autorizar descontos
- O esquema contou com suposta conivência de ex-gestor do INSS (segundo a PF)
Medidas anunciadas por Lupi:
✔ Apoio às investigações da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU)
✔ Reforço nos controles do Ministério da Previdência
✔ Defesa de responsabilização criminal dos envolvidos
Crise política:
- Aliados do governo Lula pressionam pela saída de Lupi do ministério
- O ministro rebate: “A operação foi iniciada por auditoria do INSS no governo atual”
- Alega estar com “consciência tranquila” sobre sua gestão
Próximos passos:
- PF deve indiciar executivos de associações e possíveis servidores coniventes
- CGU analisa suspensão de contratos com entidades envolvidas
- Propostas para tornar descontos mais seguros devem ser votadas no Congresso
O caso expõe vulnerabilidades no sistema de pagamento de benefícios e reacende o debate sobre a necessidade de modernização dos controles do INSS, que atende mais de 36 milhões de brasileiros. Enquanto isso, a pressão política sobre Lupi cresce – seu futuro no governo pode depender do desdobramento das investigações.