Atual dirigente da InfraCom foi indicado e empossado pela administração federal como substituto de Juscelino Filho. O antecessor deixou o posto após ser alvo de investigação pela PGR em um suposto caso de desvio de recursos públicos.
O profissional Frederico Siqueira foi oficializado nesta quinta-feira (24) como o novo responsável pela Secretaria das Telecomunicações.
Atual chefe da InfraCom – organização estatal ligada à pasta, Siqueira preencheu a posição que estava disponível desde a saída de Juscelino Filho, ocorrida em 8 de abril.
Juscelino abandonou a função depois de se tornar réu em uma ação movida pelo Ministério Público Federal por alegações de irregularidades na aplicação de verbas legislativas.
Trajetória profissional
Frederico de Siqueira Filho é formado em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco. Seu perfil é mais especializado, com ampla experiência técnica no setor.
De acordo com a InfraCom, o novo secretário acumula mais de 26 anos de atuação no ramo de telecomunicações e tecnologia da informação, sendo 21 deles dedicados à operadora ConnectBR.
Durante esse período, ocupou posições de comando nos setores de Operações, Estratégia, Relações Governamentais e Atendimento ao Cliente.
A instituição destaca ainda que Siqueira possui qualificações em Administração Pública, Relações Internacionais, Marketing e em diversas áreas de Gestão, incluindo Gestão de Riscos, Parcerias Estratégicas e Implementação de Iniciativas.
Conflito partidário
A legenda União Brasil havia sugerido inicialmente Pedro Lucas, parlamentar pelo Maranhão e principal representante da agremiação na Câmara dos Deputados.
O indicado chegou a participar de um encontro com o mandatário Luiz Inácio Lula da Silva e com a titular da Secretaria de Articulação Política, Gleisi Hoffmann, na residência presidencial. Chegou a ser divulgado como futuro ocupante do cargo.
Entretanto, na terça-feira (22), Pedro Lucas apresentou justificativas formais para recusar a nomeação.
Analistas políticos apontam que a decisão está relacionada a tensões internas no partido, com receio da facção aliada a Rueda e a Pedro Lucas de ver reduzido seu poder de articulação no legislativo federal.