Tanto o governo estadual de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto a administração municipal liderada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), vêm adotando medidas para transferir à iniciativa privada a administração de unidades da rede pública de ensino. No entanto, as duas esferas optaram por abordagens diferentes no processo de concessão.
O governo estadual já promoveu leilões para concessão de 33 unidades escolares, que deverão ser construídas e administradas por empresas privadas, com a ressalva de que a gestão pedagógica permanecerá sob responsabilidade do poder público. O modelo estadual visa à parceria público-privada em infraestrutura e serviços de apoio, sem interferência direta na condução pedagógica.
Já no âmbito da Prefeitura de São Paulo, o projeto ainda se encontra em fase inicial. Segundo o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, a proposta contempla um modelo de concessão “porteira fechada”, no qual organizações sociais sem fins lucrativos serão encarregadas da gestão integral das escolas — incluindo a contratação de professores, inspetores e demais profissionais da comunidade escolar.
Este formato já vem sendo testado na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Liceu Coração de Jesus, situada na região central da capital paulista, próxima à chamada “Cracolândia”.