Líder dos Estados Unidos anunciou um acréscimo de 10% sobre mercadorias brasileiras; nações europeias e a China enfrentarão encargos mais altos. O Ministério das Relações Exteriores tem buscado conversações, mas também considera recorrer ao organismo internacional de comércio.
Estudiosos de política externa consultados pela Globonews avaliaram nesta quinta-feira (3) que o Brasil obteve “determinado benefício” – e um resultado “menos desfavorável” do que o previsto – na “sobretaxa” anunciada pelo dirigente norte-americano, Donald Trump.
Diante desse contexto, defenderam que o Brasil só responda com eventuais medidas compensatórias caso as tentativas de entendimento diplomático e estratégico fracassem.
Na quarta-feira (2), em Washington, Trump divulgou novas tarifas sobre bens importados de diferentes nações.
O imposto sobre os itens brasileiros foi fixado em 10%, similar ao percentual aplicado sobre produtos do Reino Unido, e inferior aos 20% estabelecidos para os países da União Europeia e aos 34% direcionados à China, por exemplo.
Em declaração oficial após o anúncio, a administração brasileira manifestou pesar pela decisão de Trump, ressaltando que os Estados Unidos obtêm vantagens na dinâmica comercial com o Brasil e que o país estuda levar a questão ao organismo internacional responsável pelo comércio global.