Um estudo publicado pela revista científica Ciência Latina publicou um estudo recente que revela detalhes sobre a neoplasia dos ossos. Para quem nunca ouviu falar nesse termo, o estudo explica que a neoplasia se caracteriza pelo desenvolvimento anormal e descontrolado das células.
Em caso de neoplasia, a célula doente não segue os padrões habituais das células saudáveis que se desenvolvem para uma função específica, se desgastam e morrem, sendo substituídas por novas células. Segundo o estudo, as células doentes não morrem e continuam se reproduzindo de forma a tomar o lugar das células saudáveis.
“Há dois tipos de neoplasia, a maligna, onde as células doentes migram invadindo outros tecidos e órgãos e se infiltram na corrente sanguínea e a benigna que, embora possa causar danos pelo crescimento anormal das células, não se expande invadindo outras áreas”, diz trecho do estudo.
Conforme o artigo, no caso da neoplasia maligna dos ossos, ela recebe a denominação de osteossarcoma e é consideravelmente menos recorrente que outros tipos de cancer, mas seus riscos são altos, em especial pelo alto índice de chance de metástase, que ocorre quando o tumor se espalha atingindo outras areas do corpo além da região primária.
“Embora não seja um dos tumores mais frequentes, sendo responsável por menos de 5% dos casos de câncer, ainda assim, o osteossarcoma é o tumor maligno nos ossos com maior frequência de casos. Atinge principalmente crianças e jovens, pois é mais comum de se desenvolver durante o período de desenvolvimento dos ossos, o que ocorre entre a infância e adolescência, tendo seu pico entre a segunda e terceira década de vida. O osteossarcoma também tem uma incidência maior entre os homens do que entre as mulheres”, diz a conclusão do estudo.
Por fim, a conclusão do estudo disse que a escuta atenta do paciente, assim como o levantamento de riscos prévios para o desenvolvimento da doença são essenciais para que o tratamento ocorra da forma mais promissora possível. A sobrevida e a qualidade de vida após o tratamento dependem diretamente do diagnóstico precoce e da agilidade no tratamento.
“Essa doença é considerada bastante agressiva e os riscos para o paciente são consideráveis, em especial quando o paciente chega com um quadro mais avançado e o tratamento não se faz tão eficaz. Nesses casos pode ser necessária uma abordagem mais invasiva e drástica, como no caso da necessidade de amputação ou desarticulação da área afetada. Para diminuir os riscos e melhorar a chance de sobrevida e uma melhor qualidade de vida, o diagnóstico precoce é fundamental. Em todos os casos, o conhecimento acerca da neoplasia maligna dos ossos é fundamental para a preservação do bem-estar do paciente. A falta de conhecimento ou cuidado durante a consulta pode resultar em um atraso no diagnóstico e em maiores dificuldades no tratamento. O que torna fundamental o estudo e divulgação acerca dessa enfermidade”.
O estudo foi realizado pelos pesquisadores Dr. Luiz Felipe Carvalho, médico ortopedista, cirurgião e pesquisador no Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, juntamente com o PhD em Neurociências e biólogo, Fabiano de Abreu Agrela.