Agosto de 2024 entrou para a história como o mês com o maior número de queimadas na Amazônia nos últimos 14 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registrados 33.116 focos de incêndio na região, um aumento alarmante de 68% em comparação com a média histórica para o período. Esse número representa mais de 55,5% de todos os focos de incêndio registrados no Brasil neste mês.
No total, o país já contabiliza mais de 127 mil focos de incêndio desde o início do ano, com um crescimento impressionante de 94% em relação ao mesmo período de 2023. Essa escalada nos incêndios levanta preocupações significativas sobre a saúde ambiental da região e a eficácia das políticas de controle de queimadas e desmatamento.
Pesquisadores destacam que a intensificação das queimadas pode estar fortemente ligada ao desmatamento e às práticas agrícolas na região amazônica. A falta de medidas eficazes para controlar tanto as queimadas quanto o desmatamento está agravando a situação. Alberto Setzer, coordenador do Programa de Queimadas do INPE, expressou sua preocupação com a situação, afirmando: “A situação é preocupante e exige ações imediatas para conter o avanço das queimadas e do desmatamento.”
A necessidade urgente de intervenção para mitigar os danos e implementar políticas eficazes para preservar a Amazônia é agora mais evidente do que nunca, dado o impacto ambiental devastador desses incêndios.