O êxodo da Venezuela tem sido uma crise humanitária de proporções imensas, com quase 8 milhões de pessoas abandonando o país nos últimos anos. A principal razão para essa migração massiva é a busca por melhores condições de vida e oportunidades de trabalho, uma consequência direta da grave crise econômica e política que afeta o país sob a liderança do presidente Nicolás Maduro.
O número de habitantes da Venezuela caiu de 30,7 milhões em 2016 para cerca de 26,5 milhões atualmente, refletindo a magnitude do êxodo e a incapacidade da taxa de natalidade de compensar a emigração em massa. O Produto Interno Bruto (PIB) do país, que era de US$ 372 bilhões em 2012, despencou para US$ 102 bilhões em 2024. Isso resultou em uma redução drástica na riqueza disponível por habitante, que caiu de US$ 12,7 mil para US$ 3,9 mil.
A maioria dos venezuelanos que deixam o país está em busca de trabalho, com 77% dos refugiados citando essa razão como principal motivação. Os destinos preferidos incluem a Colômbia, que abriga cerca de 2,8 milhões de venezuelanos, seguida pelo Peru com 1,5 milhão, e os Estados Unidos com aproximadamente 545 mil. O Brasil é o quarto destino mais comum, com cerca de 510 mil venezuelanos vivendo no país.
A emigração também é notável em outros países da América Latina, como Espanha, Equador, Chile e Argentina, além de algumas nações do Caribe e América Central. A mudança na faixa etária dos migrantes é notável, com a maioria dos refugiados entre 15 e 29 anos de 2017 a 2021, e a faixa etária predominante mudando para 30 a 49 anos a partir de 2022.
A crise na Venezuela e o subsequente êxodo continuam a impactar significativamente as políticas e economias dos países receptores, além de evidenciar a necessidade urgente de soluções políticas e humanitárias para a crise em curso.