Incentivar a população a fazer testes rápidos para diagnóstico das hepatites virais B e C. Essa é a proposta da campanha Julho Amarelo, promovida pela Organização Panamericana de Saúde junto com a Sociedade Brasileira de Hepatologia e o Instituto Brasileiro do Fígado.
Cerca de 74% dos casos confirmados de hepatites virais no Brasil correspondem as hepatites B e C. E segundo o Instituto Brasileiro do Fígado, mais de um milhão de pessoas podem estar com essas doenças, que sem tratamento adequado, evoluem para cirrose e até câncer de fígado.
Jeová Pessim aposentado e presidente da ONG grupo Esperança, de Santos em São Paulo, descobriu que tinha hepatite C em 1994. O estado do aposentado ficou tão grave que Pessim precisou de um transplante de fígado: “Fiz vários tratamentos e até 2014 a gente não tinha medicamento eficaz, e dava muita contra indicação, eu tive a cirrose de último grau, fiz o transplante em 2014 e em 2015 só que eu eliminei mesmo transplantado a hepatite C porque vieram os novos medicamentos”.
O presidente do Instituto Brasileiro do Fígado, Paulo Bitencourt, alerta que pessoas acima de 40 anos, que receberam transfusão de sangue ou transplante de órgãos, pessoas com vários parceiros sexuais, usuários de drogas injetáveis, ou que compartilham objetos cortantes sem o devido controle sanitário, devem se submeter ao teste rápido para hepatites virais em uma Unidade Básica de Saúde.
“Não amarele, ou seja não tenha receio de procurar um ponto de testagem pra realizar um teste das hepatites virais principalmente a hepatite C se você tiver mais de 40 anos de idade, porque existe tratamento, ele é fornecido pelo SUS, e você vai impedir, se você for positivo, que tenha a progressão para uma doença grave que precise inclusive de um transplante hepático”, destaca Bitencourt.
O teste é rápido, basta uma picada no dedo e o resultado sai em cinco minutos. O exame pode ser feito via SUS em qualquer unidade básica de saúde, onde também é iniciado o tratamento contra hepatites virais.
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Fonte: Agência Brasil