O ambiente digital oferece tanto oportunidades quanto desafios, especialmente para jovens superdotados que ganham destaque em suas áreas. Gabriel Bastos Andrade, de apenas 14 anos, é um representante exemplar desse grupo. Membro de três sociedades de alto QI, colecionador de medalhas de ouro e fluente em três idiomas, Gabriel compartilha reflexões sobre as formas de perseguição digital, baseadas na experiência de amigos e colegas que enfrentaram desafios online.
Críticas destrutivas e discursos de ódio
Segundo Gabriel, críticas destrutivas e discursos de ódio nas redes são sempre mal-intencionados. “O fato é que, nas redes sociais, sempre vamos encontrar alguém com uma opinião diferente da nossa. O problema surge quando os haters atacam se escondendo atrás de perfis falsos, sem respeito algum por quem lê os comentários”, explica. Ele ressalta que o crescimento nas redes atrai tanto apoio quanto ódio. “Quanto mais você cresce nas redes, mais pessoas vão acompanhar você. Algumas farão isso por bons motivos e outras por ódio, mas o importante é filtrar o que guardamos de nossas experiências. Tanto nas redes quanto na vida real, os comentários de quem nos trata com desrespeito não merecem atenção.”
Impacto na saúde mental e como lidar
Gabriel observa que, para muitos jovens, a dependência das redes e da opinião pública tem crescido de forma preocupante. Ele enfatiza a importância de manter a autoestima e a autoconfiança como ferramentas para lidar com críticas destrutivas. “Buscar suporte emocional, seja de amigos, familiares ou profissionais, é fundamental quando percebemos que essas experiências nos afetam”, aconselha.
Estratégias éticas e legais contra os haters
Para lidar com ataques online, Gabriel recomenda utilizar os mecanismos legais disponíveis. “Comentários que atacam a honra ou imagem de alguém são crimes e devem ser denunciados”, afirma. Além disso, ele acredita que denunciar esses comportamentos é uma forma de contribuir para um ambiente digital mais seguro.
Responsabilidade das plataformas digitais
Gabriel reconhece que muitos haters se escondem por trás de perfis falsos, dificultando o trabalho das plataformas. Ele sugere que empresas invistam em medidas mais eficazes, como advertências, suspensões e punições claras. “Bloquear e denunciar são ações importantes, mas precisamos de soluções mais abrangentes para proteger jovens com superdotação e genialidade”, observa.
Dicas para jovens enfrentarem desafios online
Gabriel propõe algumas estratégias para jovens lidarem com os desafios das redes sociais:
– Evitar publicações impulsivas: “Pense antes de postar. Será mesmo necessário compartilhar tudo sobre a sua vida privada?”
– Ignorar os haters: “Estudos indicam que muitos deles têm perfis sádicos ou psicopáticos. O problema é deles, não seu. Não dê a eles a satisfação de uma reação.”
– Preservar dados pessoais: Evite divulgar localização ou rotinas diárias.
– Contar com suporte adulto: Permitir que um responsável monitore as redes pode minimizar os riscos.
O papel dos pais e a maturidade emocional
Gabriel enfatiza que os pais têm um papel crucial na preparação dos jovens para o ambiente digital. “Além de respeitar a idade mínima para uso das redes, é importante avaliar se o jovem tem maturidade emocional para lidar com os impactos da exposição. Nem tudo que está ao alcance convém para todos”, conclui.
Uma mensagem para a sociedade digital
Gabriel Bastos Andrade, mesmo sem enfrentar diretamente essas experiências, reflete sobre os desafios enfrentados por sua geração. Suas palavras reforçam a importância de construir um ambiente digital mais empático e seguro, onde jovens possam se desenvolver sem medo de represálias ou críticas destrutivas.